Em Portugal há alguma tradição de luta e intervenção estudantil. O luto estudantil de 1962, a crise académica de 1968, a seguir ao 25 de abril, mais recentemente as manifestações contra a “PGA” nos anos 90 e depois… o esmorecimento.
As Associações de Estudantes devem ter um papel mais ativo e interventivo na comunidade escolar, mas neste momento estão reduzidas a um papel meramente decorativo das escolas, à organização de viagens de finalistas e pouco mais.
A importância das Associações de Estudantes na comunidade escolar tem sido menosprezada. O envolvimento dos alunos na escola é mito mais do que estudar, é uma questão de pertença. No final de contas, são os alunos que transmitem à sociedade a qualidade da escola. Uma Associação de Estudantes é onde os alunos podem demonstrar a cidadania de que tanto se fala nas salas de aula. O envolvimento dos alunos através de uma organização estudantil que possa intervir junto dos órgão diretivos, associações de pais, conselho geral e conselho pedagógico para que a sua palavra e opinião possam ser levadas em conta no dia a dia da escola, é de extrema importância.
Numa altura como a que vivemos, todos estão preocupados com o próximo ano letivo, pais, professores, autarquias… todos estão envolvidos em arranjar soluções, mas esquecem-se de tentar saber, junto dos alunos, com os alunos se eles não se querem envolver na sua organização. Será que os alunos só vão ter que seguir regras? Não vão participar construção das diversas soluções? É esse tipo de cidadãos que queremos para o futuro?
O que dizem as Associações de Estudantes sobre o COVID 19?
Autor: Rui Cardoso (Blogue de ArLindo) https://www.arlindovsky.net/author/ruicardoso/
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