Só 1% das escolas que reabriram tiveram casos de Covid-19. Professores e alunos de risco terão de pôr baixa e justificar faltas.
De acordo com o Jornal de Negócios, na edição desta sexta-feira, houve 3.500 escolas que retomaram algum funcionamento presencial entre 18 de maio e 26 de junho e só foram detetados casos de Covid-19 em 1% dos estabelecimentos de ensino.
Esta quinta-feira, falando numa visita a um centro hospitalar em Vila Nova de Gaia, o primeiro-ministro António Costa lembrou que o inverno pode propiciar o aumento dos casos de infeção, já que “no inverno ficamos mais doentes”, mas deixou claro que o confinamento que existiu em março não vai voltar a repetir-se. “Não vamos poder ter no próximo ano a capacidade de resposta que tivemos em março quando decidimos encerrar as escolas”, disse, explicando que, desta vez, as escolas não vão poder manter-se “totalmente encerradas”.
Outra dúvida é o que fazer aos alunos, professores e funcionários que sejam considerados de risco face à Covid-19. Mas, para esses casos, o Ministério da Educação não parece ter solução, a não ser a baixa médica e consequente justificação das faltas, avança o Jornal de Notícias na edição desta sexta-feira.
Segundo Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores, as escolas não têm autorização para planear aulas à distância nem para alunos de risco, uma vez que as instruções são para retomar o funcionamento de forma presencial. Assim sendo, a informação que tem sido transmitida aos professores e diretores nas reuniões regionais que têm tido lugar com o secretário de Estado Adjunto da Educação vai no sentido de que o regime presencial não se coaduna com o teletrabalho, logo, as faltas terão de ser justificadas e as ausências ao trabalho terão de estar associadas a baixas médicas.
Em declarações à Rádio Observador, Mário Nogueira diz que a Fenprof já pediu sete vezes uma reunião à Direção Geral da Saúde para perceber se está a validar as medidas da tutela e até agora não teve respostas.
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