O vencedor do Global Teacher Prize Portugal será divulgado sexta-feira. Há seis finalistas na corrida que se destacaram pelos seus projetos: há quem promova a reconstrução de bicicletas para ensinar folhas de cálculo a quem leve alunos de meio prisional até ao Ensino Superior.
As candidaturas dos professores foram auto-propostas ou resultaram de recomendações da comunidade educativa. Das 116 candidaturas validadas pelo júri, resultaram seis finalistas – são professores de Educação Especial, Educação Moral e Religiosa, Ciências, Filosofia, Informática e 1.º ciclo. Destacaram-se pelos seus projetos e metodologias inovadoras.
Luís Fernando da Cunha Baião, professor de Educação Especial, no Agrupamento de Canelas (Vila Nova de Gaia) criou o “Está na Hora”, um projeto que já fez nascer uma banda, um grupo de jardinagem e um de teatro, onde participam professores, funcionários e alunos não só com necessidades educativas especiais. Tudo serve para os alunos fazerem aquisições de competências. Por exemplo, reconstruir motas ou bicicletas serve para ensinar a fazer folhas de cálculo com orçamentos dos arranjos.
O professor de Informática, Paulo Reis Serra, do agrupamento Nuno Álvares (Castelo Branco) trabalha com 17 alunos em meio prisional. Acredita que a vontade é o fator chave para o sucesso e criou um modelo motivacional que já levou vários alunos a prosseguir estudos para o Ensino Superior.
Ana Mendes, do agrupamento Camilo Castelo Branco (Vila Nova de Famalicão) é professora de Educação Moral e Religiosa Católica que também ensino Educação Ambiental a alunos com necessidades educativas. Aposta numa metodologia assente em aprendizagens baseadas em projetos.
Hamilton Correia, professor de Ciências, na secundária Maria Cândida (Mira), também concilia ensino com investigação. Acredita que os alunos aprendem melhor e ficam mais motivados quando constroem o seu próprio conhecimento através da experiência.
O objetivo do projeto de Paula Vieira, professor de Filosofia, na Básica e Secundária Armando Côrtes-Rodrigues (Vila Franca do Campo) é por alunos a filosofar desde o Pré-Escolar.
Já Sónia Moreira, docente do 1.º ciclo, no agrupamento Escultor António Fernandes de Sá (Vila Nova de Gaia) criou o projeto Coopera que aposta numa mudança de paradigma no contexto da sala de aula, a partir por exemplo da disposição do mobiliário.
Ensino à distância
Este ano foi criada uma menção honrosa para quem se destacou no ensino à distância em tempo de pandemia. Há três nomeados: Ângela Morais, professora de Educação Musical no Colégio Atlântico (SEixal) que integrou o grupo de professores da Telescola e produziu fichas de trabalho semanais; Lídia Aguiar, professora do 1.º ciclo em Santa Maria da Feira que criou o canal YouTube “A professora explica”; e Maria Martins, professora de Artes Visuais no agrupamento de Ourém que fez com os alunos uma exposição em formato virtual.
Esta é a terceira edição do Global Teacher Priza Portugal. Os docentes, recorde-se, ganham um prémio
de 30 mil euros para aplicarem nos seus projetos pedagógicos. No ano passado o vencedor foi o professor Rui Correia, professor de História que criou um sistema de semáforos para manter a atenção dos alunos todo o tempo da aula.
Fonte: JN
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