Marcelo defende escolas fechadas até à Páscoa. Governo espera (mas para já não abrirá nada)
O Presidente já falou com o primeiro-ministro sobre
eventuais tentações de reabrir as escolas. "Importa não apenas o número de
infetados, mas o número de internados", avisa o PR. E se os especialistas
prevêem que menos de 200 em UCI só no fim de março, isso cola com as férias da
Páscoa. Com a oposição a pressionar uma abertura mais rápida, o Governo já
decidiu que resistirá: no início de março nada abre. Mas sinaliza concordância
com Marcelo, sublinhando os recados dos peritos. É que há uma urgência partilhada
entre PR e PM: recuperar a imagem externa do país, com uma "estabilização
sustentada"
O assunto constou da última reunião semanal entre o
Presidente da República e o primeiro-ministro, quinta-feira passada, no Palácio
de Belém, quando António Costa partilhou com Marcelo Rebelo de Sousa que a
reabertura das escolas terá sempre que estar no topo das prioridades para
desconfinar. A tese circula há semanas dentro do Governo e a confirmação
oficial chegaria no sábado, pela voz da ministra da Presidência, Mariana Vieira
da Silva, numa reunião com jovens socialistas. Mas o entendimento do Presidente
é que essa prioridade só deverá acontecer depois da Páscoa.
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